domingo, 30 de outubro de 2011

Violência Doméstica Infantil!

Olá queridos, bem, o tema era 'violência doméstica', e a violência doméstica contra a mulher foi maravilhosamente explorados por Luis Humberto, Rayane Montezuma e Elis Regina. Nos mostrando perspectivas diferentes sobre o tema.



Como fui a última, decidi escrever sobre violência doméstica infantil - nossas crianças também merecem ser mencionadas, né?



O que se esperar de um país em que o aborto é criminalizado enquanto milhares de crianças sofrem violência física e psicológica por parte de quem deveria protegê-los?


Dados do Fundo das Nações Unidas para a infância (UNICEF), apontam que no Brasil, cerca de 18 mil crianças são vítimas de violência doméstica por dia, e dessas, 80% são causadas por parentes próximos e de hora em hora uma morre queimada, torturada ou espancada pelos próprios pais.


Na Amazônia, existe a ‘lenda do boto’(em noites de lua cheia o boto se transformaria em homem e engravidaria as virgens incautas.) para explicar o grande número de crianças que aparecem grávidas fruto de incestos – engravidam geralmente de seu pai ou tios.


A prática do incesto é tida como uma tradição entre os ribeirinhos. Chegam a proclamar o bordão: ‘quem planta a bananeira tem direito a comer o primeiro fruto’.


O mais comum, porém, é a violência física em que os pais se julgam donos dos corpos de seus filhos e que para educar é preciso bater – ou espancar.


O caso de maior repercussão no Brasil foi o de Isabella Nardoni, a menina que foi asfixiada e em seguida defenestrada por seu pai e madrasta por motivos ainda desconhecidos.







Em um país de dimensões continentais como o nosso e com grande diversidade cultural é aceito e até protegido por decreto (dec. 169 da OIT, 2004) que as pessoas têm direito de conservar seus costumes e instituições próprias, desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais definidos pelo sistema jurídico nacional nem com os direitos humanos internacionalmente reconhecidos.



Como podemos melhorar nosso país se insistimos em maltratar quem será o futuro dele? Com ampla legislação a respeito, ainda assim casos de violência doméstica infantil continuam sendo tratados com indiferença por parte da população, mesmo quem não concorda com a prática dos atos, se mantém calado por pensar que os pais tem o direito a educarem seus filhos da maneira que acharem mais correta.



Mas que educação é essa que leva as crianças a serem humilhadas e a carregarem esse trauma por toda sua vida?Programas de incentivo à denúncia da violência infantil e a recuperação de jovens já violentados, deveriam ser prioridades em qualquer gestão governamental, tanto para diminuir casos presentes, quanto para a prevenção de casos futuros.

Um comentário:

  1. Postagem maravilhosa, Bárbara!
    Inovou ao mudar o foco para a violência infantil, e fez isso muito bem!
    Parabéns pelo texto!

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