Olá, pessoal!
É estranho falar sobre um evento que ainda vai acontecer, mas vou tentar expor minha opinião a respeito da tão aguardada e divulgada "Marcha contra a Corrupção", belo tema escolhido pela Rayane.
As redes sociais têm sido um modo de propagar muitas coisas nos últimos anos. Ultimamente, tenho recebido vários e-mais, certamente recheados de vírus, com correntes e supostos vídeos proibidos, informações falsas sobre a morte da Dona Florinda e as irritantes solicitações para o "Cityville".
No entanto, tenho de confessar que informações interessantes também são divulgadas nos diversos perfis que tenho na internet. Foi assim ano passado, com a campanha Pró-Marina Silva no Twitter, que infelizmente não deu certo, a campanha contra Weslian Roriz, naquela mesma rede social, e nas últimas semanas, a convocação para a "Marcha contra a Corrupção", intensificada na última semana, após a absolvição da deputada federal Jaqueline Roriz, que indignou um grupo grande de estudantes e trabalhadores.
Por que estou falando de rede sociais? Simples!
Imagine-se na década de 80, compartilhando um desejo por liberdade e mudanças políticas com todos os brasileiros, mas também o grande medo pela repressão das autoridades militares. A falta de liberdade de expressão e o do direito de manifestações tornavam quase impossível uma convocação em massa, para uma reunião de pessoas em todo o país em busca de um mesmo objetivo, como ocorrerá no dia 7 de setembro desse ano! Mesmo assim, nosso pais, tios, primos mais velhos, irmãos, professores e pessoas que admiramos foram às ruas, lutar para que hoje tivéssemos essa oportunidade de seguir o exemplo deles, buscando acabar com a impunidade dentro do governo. E apesar de que muitos foram agredidos, presos e mortos, conseguiram fazer tudo ter valido a pena.
O que então nos impede de ir às ruas lutar por um ideal de transparência dentro do governo, uma vez que todos esses obstáculos de distância e repressão não mais existem? Creio eu que comodidade e falta de interesse por um Brasil melhor para nossos filhos, coisa que certamente motivou os jovens que lutaram por eleições diretas a 30 anos, e os protestos contra os atos autoritários de um dos nossos presidentes, nos anos 90, que foram responsáveis pelo seu afastamento do cargo. É difícil ver uma grande quantidade de pessoas se recusando a participar de um evento tão importante para o nosso país, em uma época onde os Direitos Humanos não permitem que policiais e militares exerçam a força sem os devidos motivos para impedir a liberdade de expressão, e aceitando tão facilmente lotar uma das maiores avenidas do nosso país para celebrar os milagres bebida obtida por meio da fermentação da cevada, tão companheira dos brasileiros, na comentadíssima "Corrida da Cerveja" de 2011.
Dizer que o País não muda, que político é tudo igual, e se conformar com isso é regredir aos tempos onde não podíamos ter opinião própria, nem buscar que nosso dinheiro pago em impostos fosse corretamente investido em nossa sociedade. O que me conforta é a força de vontade de muitos jovens, que insistem em chamar os amigos, divulgar idéias e programar protestos como este, que se realizará no dia 7, em busca da real independência que almejamos, onde não seremos mais reféns de decisões autoritárias e nem decepcionados ao ver imagens da corrupção nos noticiários sensacionalistas que pintam todos que vivem em Brasília como coniventes com as atrocidades que acontecem no âmbito dos Três Poderes.
Estarei lá quarta-feira, e espero que todos que confirmaram presença no convite do Facebook realmente apareçam para mostrar sua indignação, com consciência e respeito, mas mostrando o real objetivo da manifestação. Que a magnitude desse evento seja sentida em todas as regiões do nosso país, e que consigamos abrir os olhos do povo brasileiro, para que um dia tenhamos uma real confiança em quem escolhemos como nossos representantes no Poder Legislativo.
Nos encontramos por lá!
Dia 7 de setembro de 2011, às 9 da manhã!
Forte abraço!
